Das naus, que tripulamos neste mar,
Iremos nós fazê-las navegar
Além, mas muito além, do Bojador.
Não há nem vento, ou calma, que nos faça
Pensar em desistir de tal empresa,
Nem mesmo temporal que, de surpresa,
Se possa transformar em ameaça.
Não há qualquer terror no fim do mundo
Nem há mostrengo, ou mal, no mar profundo,
Que faça desistir a marinhagem;
Nem há corsário, mouro ou holandês,
Ou medo de naufrágio, alguma vez,
Que façam cancelar esta viagem.
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